Aqui nós estamos vendo também uma panela num fogão a lenha cozinhando o peixe na beira do rio, à sombra dos mangues. E as pessoas ao lado observando quando é que serve, se tá fervendo para comer; e também, enquanto a panela tá fervendo, outros vão assando peixe, outros vão cozinhando caranguejo, outros vão assando ostra, ou então cozinhando sururu, intam, o búzio. O que é pegado ali na pesca, nessa atividade, é o que é consumido ali, então se eu pesquei caranguejo, eu vou fazer o caranguejo, se eu marisquei, eu vou fazer o marisco. Então se eu fui pegar peixe, eu vou fazer o peixe assado ou cozido, tudo de forma artesanal, utilizando os elementos da natureza ali presente.

Dentro da cultura alimentar nós temos o Cumê no Mato, o Cumê na Praia e o Cumê nas Casas. Então, o Cumê no Mato é uma prática cultural nossa de, nos finais de semana ou durante a semana, ir pro rio, pras camboas, pra praia, pras lagoas, levar os apetrechos de pesca e lá realizar as atividade de pesca, seja catar caranguejo, mariscar, pegar peixe. E depois de realizada toda a pescaria, faz o fogo, cozinha, faz o pirão e come lá. Com a chegada do turismo comunitário, nós pegamos essa atividade e apresentamos aos visitantes, que adoram. O Cumê no Mato é uma das principais atividades realizadas com os visitantes da Comunidade.