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Associação
Ponto 01
As imagens a seguir são do prédio da Associação Quilombola. As imagens apresentadas mostram o salão onde são realizadas as nossas atividades durante a Festa do Mangue, Semana da Consciência Negra, encontros, apresentações culturais, entre outros eventos. A imagem apresenta um grupo de jovens dançando capoeira, outros o maculelê, durante a Festa do Mangue do Cumbe. É nesse espaço onde a gente se reúne, celebra, faz encontros, e é um espaço de uso comunitário. Também é nesse espaço onde fica a sede do Ponto de Cultura Chama Maré da Associação Quilombola e do Ponto de Memória da Associação Quilombola do Cumbe. Também aqui no espaço da Associação temos uma cozinha comunitária.
A Associação Quilombola do Cumbe se formou em 1996, período em que ainda se chamava Associação dos Pescadores e Marisqueiras do Cumbe e Adjacências. A Associação surge a partir da chegada da carcinicultura - criação de camarão em cativeiro - que, ao chegar no nosso território, começou a causar diversos conflitos socioambientais. Com isso decidimos nos organizar através da Associação. De 1996 até 2011, a Associação não tinha CNPJ. Somente a partir de 2012 é que a Associação passa a ter CNPJ.
Em 2010, quando começamos a discussão de ver o Cumbe como uma comunidade remanescente de quilombo, em 2014 nós fomos certificados, e com a certificação da Fundação Cultural Palmares no dia 5 de dezembro de 2014, nós tivemos que fazer algumas alterações no Estatuto da Associação, onde passou a se chamar Quilombo do Cumbe - Associação Quilombola do Cumbe - Aracati-Ceará. A Associação tem uma diretoria composta por seis pessoas, onde tem a nossa presidente Cleomar, o vice Ronaldo, a secretária Carol, e a tesoureira Luciana. A gente tem também um grupo de seis pessoas que fazem parte do conselho fiscal, titular e suplente.
Desde 1996 a gente vem se organizando para defender o território, trabalhar a questão da cultura quilombola pesqueira, a valorização dos nossos saberes e também para lutar por políticas públicas voltadas para a nossa questão. Atualmente a Associação Quilombola do Cumbe tem 110 famílias associadas; nós trabalhamos com as famílias, e de lá para cá a gente vem buscando melhorias de vida para a comunidade, lutando pela regularização e titulação do nosso território quilombola.
Nesse processo a gente vem desenvolvendo uma série de atividades culturais. Nós temos um calendário cultural durante o ano todo, que começa em fevereiro no período do carnaval com o bloco Karambolas do Cumbe; em seguida, na semana santa, a gente tem a brincadeira do pau de sebo, a queima do Judas, a leitura do Estatuto; em seguida vem a Semana do Meio Ambiente; no final do mês de junho a gente faz o nosso Arraiá do Manguezal; no dia 26 de julho a gente faz o Dia Mundial de Defesa dos Manguezais; em agosto, a Festa do Mangue, que é a nossa maior festa cultural da comunidade; e em novembro a gente faz a Semana da Consciência Negra; e em dezembro nós ressignificamos o 5 de dezembro, que foi a data que nós fomos certificados pela Fundação Cultural Palmares como Comunidade Quilombola; nós ressignificamos o 5 de dezembro como Dia do Quilombo.
Então, por conta dessa nossa luta, nossa militância em defesa do nosso território, em 2019 nós fomos certificados pela Secult - a Secretaria de Cultura do Estado - como Ponto de Cultura. Em 2023, fomos certificados como Ponto de Memória pelo Ibram, e também como Ponto de Cultura pelo Ministério da Cultura. A Associação trabalha muito com essa questão da valorização da cultura, das práticas, dos saberes, a questão ambiental, questão de políticas públicas, e a nossa principal luta é a questão territorial.
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